6 - Gestão Patriminial: como o Governo do Estado geriu o seu patrimônio em 2002


Balanço Patrimonial
                 

O Balanço Patrimonial é o demonstrativo contábil que possui por finalidade demonstrar a situação do patrimônio do Estado (conjunto de bens, valores, direitos e obrigações). Ele funciona como uma fotografia que, em determinado momento, espelha o valor do patrimônio público que está sujeito ao registro pela contabilidade.


Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2002

VARIAÇÕES ATIVAS (aumentam o patrimônio)

Valores

VARIAÇÕES PASSIVAS (diminuem o patrimônio)

Valores

Resultantes da Execução Orçamentária

7.293,34

Resultantes da Execução Orçamentária

7.229,82

Receita orçamentária (incluída a dedução para o FUNDEF)

6.494,21

Despesa orçamentária

7.099,55

Mutações patrimoniais ativas (Dependem do orçamento, provocando uma permuta entre os elementos do ativo, como a saída de dinheiro de bancos para compra de imóveis)

799,12

Mutações patrimoniais passivas (Dependem do orçamento, provocando uma permuta entre os elementos do passivo, como o refinanciamento de dívidas e a alienação de bens)

130,28

Independentes da Execução Orçamentária (Não dependem da execução do orçamento, como as doações recebidas ou dívidas a pagar perdoadas)

1.331,98

Independentes da Execução Orçamentária (Não dependem da execução do orçamento, como as perdas de bens e direitos , o efeito da inflação sobre o saldo da dívida)

1.750,79

TOTAL DAS VARIAÇÕES ATIVAS

8.625,32

TOTAL DAS VARIAÇÕES PASSIVAS

8.980,61

 

RESULTADO PATRIMONIAL DO EXERCÍCIO

(355,29)

TOTAL GERAL

8.625,32

TOTAL GERAL

8.625,32


               Observa-se que a soma dos valores ativos superam os passivos, perfazendo-se um saldo patrimonial positivo de R$ 3,21 bilhões (isto é, a soma de todos os ativos do Estado foi maior que as suas dívidas em R$ 3,21 bilhões). Esse resultado ocorreu principalmente porque, apesar do significativo volume do passivo permanente, R$ 5,73 bilhões (leia-se: dívida), o valor da soma dos créditos a receber (notadamente a dívida ativa no valor de R$ 5,4 bilhões) e dos bens móveis e imóveis foi mais representativo, situando-se em torno de R$ 8,8 bilhões.

ATENÇÃO!!!
No entanto. merece destaque o fato de que essa é uma medida de cunho meramente econômico, patrimonial. Ela não seguinifica que o Estado possa vender todos os seus imóveis para saldar dívidas, ou que todos os créditos inscritos na dívida ativa sejam passíveis de recebimento.


Demonstração das Variações Patrimoniais

A fim de demonstrar o resultado patrimonial do exercício, ou seja, como se
comportou a evolução do patrimônio do Estado de Pernambuco em 2002, utiliza-se a
Demonstração das Variações Patrimoniais, a qual se apresenta consolidada abaixo:


Variações Patrimoniais em 2002 - Valores em R$ milhões

VARIAÇÕES ATIVAS (aumentam o patrimônio)

Valores

VARIAÇÕES PASSIVAS (diminuem o patrimônio)

Valores

Resultantes da Execução Orçamentária

7.293,34

Resultantes da Execução Orçamentária

7.229,82

Receita orçamentária (incluída a dedução para o FUNDEF)

6.494,21

Despesa orçamentária

7.099,55

Mutações patrimoniais ativas (Dependem do orçamento, provocando uma permuta entre os elementos do ativo, como a saída de dinheiro de bancos para compra de imóveis)

799,12

Mutações patrimoniais passivas (Dependem do orçamento, provocando uma permuta entre os elementos do passivo, como o refinanciamento de dívidas e a alienação de bens)

130,28

Independentes da Execução Orçamentária (Não dependem da execução do orçamento, como as doações recebidas ou dívidas a pagar perdoadas)

1.331,98

Independentes da Execução Orçamentária (Não dependem da execução do orçamento, como as perdas de bens e direitos , o efeito da inflação sobre o saldo da dívida)

1.750,79

TOTAL DAS VARIAÇÕES ATIVAS

8.625,32

TOTAL DAS VARIAÇÕES PASSIVAS

8.980,61

 

RESULTADO PATRIMONIAL DO EXERCÍCIO

(355,29)

TOTAL GERAL 8.625,32TOTAL GERAL 8.625,32

Fonte: Demonstração das Variações Patrimoniais Consolida do Estado de Pernambuco

O Resultado Patrimonial negativo em R$ 355,29 milhões, decorreu, principalmente, de elementos que não dependeram da execução da lei de orçamento, as chamadas Variações Independentes da Execução Orçamentária. O resultado dessas variações [ativas (-) passivas] independentes da execução orçamentária foi deficitário em R$ 418,81 milhões. Ressalta-se que as variações passivas sofreram forte influência da inflação registrada no 2º semestre de 2002, que atuou na correção do saldo da dívida, num montante de aproximadamente R$ 960 milhões.
Por sua vez, o efeito das Variações Resultantes da Execução Orçamentária foi superavitário em R$ 63,52 milhões, o que não foi suficiente para contrabalançar o efeito das variações independentes. Nesse ponto, destaca-se que os recursos oriundos da privatização da CELPE tiveram papel relevante entre as variações resultantes da execução orçamentária. Primeiro, devido ao fato de ter-se executado despesa com parte dos recursos originários da privatização da CELPE, ou seja, utilizou-se parte de uma "poupança" que estava no banco, arrecadada em 2000, a qual permitiu que a despesa empenhada fosse superior à receita arrecadada num montante de R$ 605,34 milhões. E segundo, porque o gasto realizado se relacionou a aquisições de bens, que, por sua vez, provocaram aumento no patrimônio público (são as mutações patrimoniais ativas).


DÍVIDA ATIVA

Dívida Ativa é o conjunto dos créditos que o Estado tem o direito de receber, oriundos de valores a ele devidos, geralmente relativos a impostos, taxas e multas, que não foram pagos no prazo legal.

DÍVIDA ATIVA EM 2002

                    O valor acrescido na conta da Dívida Ativa, em 2002, foi da ordem de R$ 681,2 milhões, que se agregou ao saldo que veio de 2001, alcançando o valor de R$ 5,4 bilhões. A arrecadação de valores decorrentes desses créditos, ou seja, o valor pago pelos devedores do Estado, inscritos na dívida ativa, foi, em 2002, de R$ 30 milhões, representado apenas 0,67% dessa dívida, mantendo o mesmo patamar de recadação de anos anteriores.